Diversas organizações da Microrregião do Médio Jaguaribe estão se encontrando periodicamente para pensar nos rumos do desenvolvimento da região, composta pelos municípios de Acopiara, Iguatu, Jucás, Orós e Quixelô. A mobilização teve início no final do ano passado através de uma iniciativa do Instituto Elo Amigo com apoio da Fundação Kellogg. Desde então, jovens, membros de organizações da sociedade civil e representantes do poder público estão participando dos encontros. A proposta é que até o final de novembro seja elaborado um documento com projetos que visem a promoção do desenvolvimento sustentável da região, o que vem sendo chamado de CIP - Conjunto Integrado de Projetos. Experiências nesse sentido vêm sendo realizadas em outras regiões do Nordeste com apoio da Fundação.
Os encontros acontecem por grupos temáticos que correspondem a cinco possíveis dimensões de desenvolvimento: ambiental, política, econômica, cultural e social. Segundo Lili Holanda, coordenadora de projetos do Instituto Elo Amigo e uma das facilitadoras da dimensão social, a divisão por grupos temáticos é apenas uma opção metodológica, mas a proposta é, ao final de tudo, ter um projeto unificado e integrado.
Propostas para o desenvolvimento
Algumas dimensões já estão com seus projetos quase prontos. È o caso da cultural, que prevê a criação de núcleos municipais que, atuando em rede, buscarão promover a valorização e o desenvolvimento da cultura na região, realizando eventos e incentivando o uso de espaços artísticos e culturais. Já o projeto da dimensão social tem como um dos objetivos valorizar o papel do educador social e da família na região através de processos de formação, entre outras atividades.
Na dimensão ambiental, a grande preocupação das entidades é com a degradação do Rio Jaguaribe. Estão sendo pensadas algumas ações para combater gradativamente o problema. Na econômica a idéia é garantir a assessoria técnica aos produtores rurais que são acompanhados pelas entidades que fazem parte da dimensão.
Mais de 30 organizações estão participando dos encontros de CIP na região. Lili Holanda lembra que a mobilização tem sido um desafio e que um dos maiores ganhos dos encontros é fazer com que os diversos atores reconheçam um ao outro e reflitam sobre as suas responsabilidades em relação ao futuro da região. Para ela, os encontros estão ajudando também a fortalecer as instituições, à medida que na elaboração dos projetos são discutidas metodologias e práticas que não são comuns a todas as entidades.
